Sepultura e Max: volta cada vez mais difícil

Silvio Essinger
14/08/2000
O convite para uma reunião do vocalista e guitarrista Max Cavalera (hoje na banda Soulfly) e seus antigos companheiros do Sepultura para shows no festival Ozzfest foi terminantemente recusada por ambas as partes. Mês que vem, o Soulfly estará lançando seu segundo disco, Primitive, que tem uma parceria de Max com o filho de John Lennon, Sean – é a canção Son Song, ode aos respectivos pais, que morreram quando ambos músicos eram garotos. "Sean me disse que gostava da minha música porque ela não tinha letras sobre o diabo ou coisas do tipo. Daí, achei que seria legal fazer uma canção com ele. É diferente de tudo que fiz antes, uma vez que nossas vozes são bem diferentes", disse o brasileiro ao semanário inglês de música New Musical Express. Logo que lançar o CD, o Soulfly começa uma bateria de shows na Inglaterra.

"Os músicos que estão tocando com Max são uma porcaria. Acho que não chegam ao nível dele", detonou o baterista Igor Cavalera, seu irmão, ainda no Sepultura, em entrevista à revista inglesa Kerrang. Sem falar com Max há três anos (ou seja, desde que o guitarrista deixou a banda depois que ela entrou em atrito com a empresária Gloria, sua mulher), os músicos do Sepultura (que desde 1998 contam com o vocalista americano Derrick Greene) preparam agora seu segundo disco sem Max, que deve sair no ano que vem. Nation terá faixas como Revolt, One Man Army, Uma Cura e Saga. Está programada a participação numa música do quarteto finladês de violoncelos Apocalyptica, que costuma gravar seus discos só com composições de bandas de heavy metal como Metallica e Sepultura.