Virgínia Rosa prepara o seu segundo álbum
Ex-integrante da banda de Itamar Assumpção, indicada ao Prêmio Sharp em 97, cantora faz show intimista em São Paulo para apresentar novo repertório
Carlos Calado
07/07/2000
Em cartaz durante todas as terças-feiras de julho no Supremo Musical, em São Paulo, a cantora Virgínia Rosa oferece no show A Voz do Coração uma prévia do que poderá ser seu segundo disco. Batuque (Movieplay, 1997), que marcou sua estréia como solista após longos períodos como vocalista das bandas Isca de Polícia (de Itamar Assumpção) e Mexe Com Tudo, rendeu elogios da crítica e uma indicação ao Prêmio Sharp de Música, como cantora-revelação.
"Acho que fui bastante generosa até agora, mas cheguei à conclusão de que estou sem gravadora. Meu contrato está vencido desde dezembro e ninguém da Movieplay apareceu na estréia do show", desabafa a cantora, decepcionada pelo fato de a companhia ter suspendido todos os projetos de gravação, em fevereiro último, quando o disco já estava em fase de pré-produção.
"Não gosto de brigar, mas resolvi que não vou ficar esperando mais. Preciso trabalhar, por isso decidi montar esse show", justifica Virgínia, que está dividindo o palco com o talentoso guitarrista Dino Barione, num espetáculo de formato bem intimista. "Achei a estréia abençoada. Só ensaiamos duas vezes por semana durante um mês. Imagine como estaremos daqui a uns três meses", festeja a intérprete. No dia 21 de julho, os dois levam esse mesmo show ao palco do Sesc Vila Mariana, em São Paulo.
No repertório de A Voz do Coração (título emprestado de uma bela canção de Celso Fonseca e Ronaldo Bastos), entram duas outras canções com presença quase certa no próximo CD de Virgínia Rosa: Quero (de Thomas Roth, antigo sucesso na voz de Elis Regina) e Beleza Brutal (outra assinada pela dupla Fonseca e Bastos). O repertório inclui ainda algumas preciosidades da música popular brasileira, como os sambas Folhas no Ar e Pressentimento (de Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho), o baião Que Nem Jiló (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), Pra Quê (Luiz Melodia) e a inusitada Mãe Preta (de domínio público).
"Não descarto a possibilidade de que esse show acabe virando um disco ao vivo. Estou aberta a tudo", diz Virgínia, admitindo que já começou a estabelecer contatos com outras gravadoras. "Talvez o meu futuro esteja num selo estrangeiro", supõe. Mas àqueles que viram na versão da antiga Pessoa Nefasta (de Gilberto Gil, última canção do roteiro do show) uma alfinetada em sua gravadora, Virgínia faz questão de explicar: "É só um desabafo generalizado. Hoje a maldade está na moda, parece até legal ser bandido. Você não pode ter mais fé em ninguém. Essa canção é muito atual".
"Acho que fui bastante generosa até agora, mas cheguei à conclusão de que estou sem gravadora. Meu contrato está vencido desde dezembro e ninguém da Movieplay apareceu na estréia do show", desabafa a cantora, decepcionada pelo fato de a companhia ter suspendido todos os projetos de gravação, em fevereiro último, quando o disco já estava em fase de pré-produção.
"Não gosto de brigar, mas resolvi que não vou ficar esperando mais. Preciso trabalhar, por isso decidi montar esse show", justifica Virgínia, que está dividindo o palco com o talentoso guitarrista Dino Barione, num espetáculo de formato bem intimista. "Achei a estréia abençoada. Só ensaiamos duas vezes por semana durante um mês. Imagine como estaremos daqui a uns três meses", festeja a intérprete. No dia 21 de julho, os dois levam esse mesmo show ao palco do Sesc Vila Mariana, em São Paulo.
No repertório de A Voz do Coração (título emprestado de uma bela canção de Celso Fonseca e Ronaldo Bastos), entram duas outras canções com presença quase certa no próximo CD de Virgínia Rosa: Quero (de Thomas Roth, antigo sucesso na voz de Elis Regina) e Beleza Brutal (outra assinada pela dupla Fonseca e Bastos). O repertório inclui ainda algumas preciosidades da música popular brasileira, como os sambas Folhas no Ar e Pressentimento (de Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho), o baião Que Nem Jiló (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), Pra Quê (Luiz Melodia) e a inusitada Mãe Preta (de domínio público).
"Não descarto a possibilidade de que esse show acabe virando um disco ao vivo. Estou aberta a tudo", diz Virgínia, admitindo que já começou a estabelecer contatos com outras gravadoras. "Talvez o meu futuro esteja num selo estrangeiro", supõe. Mas àqueles que viram na versão da antiga Pessoa Nefasta (de Gilberto Gil, última canção do roteiro do show) uma alfinetada em sua gravadora, Virgínia faz questão de explicar: "É só um desabafo generalizado. Hoje a maldade está na moda, parece até legal ser bandido. Você não pode ter mais fé em ninguém. Essa canção é muito atual".