Wanderléa experimental de volta em coletânea

Rodrigo Faour
24/10/2000
Entre os 25 títulos da coleção Bis – Jovem Guarda de compilações em forma de CDs duplos com 30 músicas cada, que a EMI lança em novembro, há pelo menos um que vale muito à pena: é o CD dedicado à cantora Wanderléa. Apesar da gravadora ter conseguido fonogramas da antiga Columbia (atual Sony, onde ela registrou suas canções jovemguardistas, como Prova de Fogo e Eu Já Nem Sei), a maior parte do repertório é dos dois LPs que a cantora gravou na EMI, em 1977 (Vamos Que Eu Já Vou) e 78 (Mais Que a Paixão), com repertório basicamente alternativo, experimental, de grandes nomes da MPB – reunindo seu ex-marido Egberto Gismonti (Café), mais Paulo Diniz (Poema Pra Lea), Luiz Melodia (Segredo), Gonzaguinha (A Felicidade Bate À Sua Porta), Moraes Moreira (Fruto Maduro), Fátima Guedes (Bicho Medo), Djavan (O Canto da Lira), Capinan e Marlui Miranda (Pitanga), canções menos manjadas de Roberto & Erasmo Carlos (A Terceira Força), entre outros. Foram discos que não fizeram sucesso e que jamais saíram no formato digital. Completam a coleção, os CDs de Betinho, Celly Campello, Cláudio Fontana, Deny & Dino, Eduardo Araújo, Elizabeth, Golden Boys, Jean Carlo, Martinha, Os Carbonos, Paulo Sérgio, Reinaldo Rayol, Ronnie Cord, Sérgio Reis, Silvinha, The Angels, The Fevers, The Jordans, The Supersonics, Tony Campello, Trio Esperança, Wanderley Cardoso e dois títulos reunindo vários intérpretes, intitulado Na Onda do Iê Iê Iê – volumes 1 e 2. Haja brasa!