Wanderléa volta a gravar após nove anos longe dos estúdios
Disco da Ternurinha trará duetos com Roberto e Erasmo
Marco Antonio Barbosa
22/05/2001
Roberto Carlos gravou seu Acústico; Erasmo acaba de lançar Pra Falar de Amor. Para completar o retorno do "trio de ouro" da Jovem Guarda, só faltava ela, Wanderléa. E a volta da eterna Ternurinha está mais próxima do que se pode imaginar: a cantora está pronta para volta aos estúdios, contando com a providencial ajuda de Roberto e Erasmo.
"Esse projeto já estava combinado entre nós três há muito tempo. O Roberto tinha me dito que assim que inaugurasse seu próprio estúdio, me chamaria para fazer um disco. E cumpriu a promessa", conta Wanderléa. "Mas acabaram acontecendo várias coisas tristes: o Roberto perdeu Maria Rita e sofreu muito. E, por coincidência, eu minha mãe morreu no mesmo dia em que a Maria Rita... Aí fomos adiando", conta Wanderléa. O novo álbum, ainda sem título definido, vai quebrar um jejum de quase dez anos da cantora sem lançamentos inéditos - o último trabalho de carreira foi Te Amo, de 1992.
A cantora ainda está na fase de pré-produção e definição do repertório do álbum, que terá produção de Guto Graça Mello. As gravações serão feitas no Amigos Records, o estúdio montado por Roberto Carlos, e o CD deve sair pelo selo homônimo ao estúdio (de propriedade de RC e que é distribuído pela Sony).
Wanderléa lembra: "A idéia original era que o próprio Roberto produzisse, mas ele passou a bola para o Guto. Ainda assim, ele (Roberto) está animadíssimo com o projeto". Vale lembrar que, apesar da amizade que une os três há quase 40 anos, a Ternurinha, o Brasa e o Tremendão nunca gravaram juntos. "Nossa amizade é fortíssima até hoje; sempre conversamos por telefone. Mas nunca houve a oportunidade de fazermos algo juntos no estúdio", afirma a cantora.
Os dias de "rebelde romântica" da Jovem Guarda parecem ser passado para Wanderléa. "Quero fugir do 'estereótipo' Wandeca. Já passei, e há muito tempo, dessa fase", diz a cantora. Mas ela sabe que é difícil apagar a imagem da Ternurinha - ainda mais tendo passado tanto tempo fora da grande mídia. "Passei os anos 90 fazendo shows só com meus velhos sucessos, coisas como Pare o Casamento e Prova de Fogo. Para esse novo álbum, quero algo diferente. Estou escolhendo um repertório simples, com bom gosto", fala Wanderléa.
De confirmado na lista de músicas do novo álbum, está Canção para Leonardo, balada inédita que Wanderléa compôs em homenagem a seu filho (morto em 1984, aos 2 anos de idade). "Fiz essa música para o Leo quando ele ainda estava vivo", relembra a cantora. Além do tributo ao filho, a eterna estrela da Jovem Guarda pretende contar com uma mãozinha extra da família: "Quero que minhas duas filhas adolescentes - Jade, de 14 anos, e Yasmin, de 16 - participem do disco, cantando e tocando violão", revela.
Pelo menos uma "prova de fogo" Wanderléa terá de enfrentar para ver o disco pronto do jeito que quer: a possível resistência de Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, respectivamente guitarrista e baterista do Legião Urbana. É que a cantora pretende gravar Pais e Filhos , sucesso do grupo liderado por Renato Russo. "Já sei que a liberação das músicas do Legião não é fácil, que eles não deixam qualquer um gravar", diz Wanderléa. "Mas tenho certeza de que o Renato (Russo) aprovaria". A cantora ainda se recorda do único encontro que teve com Russo, em 1992. "Foi apoteótico, nunca esqueci. Ele me viu, correu para me abraçar e me rodopiou no ar."
O ano de 2001 ainda reserva mais uma novidade na carreira de Wanderléa: sua estréia como escritora, aos 54 anos. É com o livro Soltando os Laços, que já está pronto há mais de dois anos. "Embora seja escrito na primeira pessoa, não é um livro de memórias nem uma biografia", diz a cantora, que define a obra como "uma coleção de observações sobre a vida". E ela completa: "Eu tinha receio de publicar: muita gente poderia achar que eu estava pendurando as chuteiras. Desde menina gosto de escrever, me interesso muito por filosofia." A cantora agora está escolhendo a editora que lançará seu livro.
"Esse projeto já estava combinado entre nós três há muito tempo. O Roberto tinha me dito que assim que inaugurasse seu próprio estúdio, me chamaria para fazer um disco. E cumpriu a promessa", conta Wanderléa. "Mas acabaram acontecendo várias coisas tristes: o Roberto perdeu Maria Rita e sofreu muito. E, por coincidência, eu minha mãe morreu no mesmo dia em que a Maria Rita... Aí fomos adiando", conta Wanderléa. O novo álbum, ainda sem título definido, vai quebrar um jejum de quase dez anos da cantora sem lançamentos inéditos - o último trabalho de carreira foi Te Amo, de 1992.
A cantora ainda está na fase de pré-produção e definição do repertório do álbum, que terá produção de Guto Graça Mello. As gravações serão feitas no Amigos Records, o estúdio montado por Roberto Carlos, e o CD deve sair pelo selo homônimo ao estúdio (de propriedade de RC e que é distribuído pela Sony).
Wanderléa lembra: "A idéia original era que o próprio Roberto produzisse, mas ele passou a bola para o Guto. Ainda assim, ele (Roberto) está animadíssimo com o projeto". Vale lembrar que, apesar da amizade que une os três há quase 40 anos, a Ternurinha, o Brasa e o Tremendão nunca gravaram juntos. "Nossa amizade é fortíssima até hoje; sempre conversamos por telefone. Mas nunca houve a oportunidade de fazermos algo juntos no estúdio", afirma a cantora.
Os dias de "rebelde romântica" da Jovem Guarda parecem ser passado para Wanderléa. "Quero fugir do 'estereótipo' Wandeca. Já passei, e há muito tempo, dessa fase", diz a cantora. Mas ela sabe que é difícil apagar a imagem da Ternurinha - ainda mais tendo passado tanto tempo fora da grande mídia. "Passei os anos 90 fazendo shows só com meus velhos sucessos, coisas como Pare o Casamento e Prova de Fogo. Para esse novo álbum, quero algo diferente. Estou escolhendo um repertório simples, com bom gosto", fala Wanderléa.
De confirmado na lista de músicas do novo álbum, está Canção para Leonardo, balada inédita que Wanderléa compôs em homenagem a seu filho (morto em 1984, aos 2 anos de idade). "Fiz essa música para o Leo quando ele ainda estava vivo", relembra a cantora. Além do tributo ao filho, a eterna estrela da Jovem Guarda pretende contar com uma mãozinha extra da família: "Quero que minhas duas filhas adolescentes - Jade, de 14 anos, e Yasmin, de 16 - participem do disco, cantando e tocando violão", revela.
Pelo menos uma "prova de fogo" Wanderléa terá de enfrentar para ver o disco pronto do jeito que quer: a possível resistência de Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, respectivamente guitarrista e baterista do Legião Urbana. É que a cantora pretende gravar Pais e Filhos , sucesso do grupo liderado por Renato Russo. "Já sei que a liberação das músicas do Legião não é fácil, que eles não deixam qualquer um gravar", diz Wanderléa. "Mas tenho certeza de que o Renato (Russo) aprovaria". A cantora ainda se recorda do único encontro que teve com Russo, em 1992. "Foi apoteótico, nunca esqueci. Ele me viu, correu para me abraçar e me rodopiou no ar."
O ano de 2001 ainda reserva mais uma novidade na carreira de Wanderléa: sua estréia como escritora, aos 54 anos. É com o livro Soltando os Laços, que já está pronto há mais de dois anos. "Embora seja escrito na primeira pessoa, não é um livro de memórias nem uma biografia", diz a cantora, que define a obra como "uma coleção de observações sobre a vida". E ela completa: "Eu tinha receio de publicar: muita gente poderia achar que eu estava pendurando as chuteiras. Desde menina gosto de escrever, me interesso muito por filosofia." A cantora agora está escolhendo a editora que lançará seu livro.