Joaquim Callado 11/07/1848 20/03/1880
O flautista e compositor Joaquim Antônio da Silva Callado é considerado o pai dos chorões e foi o mais popular músico do Rio de Janeiro imperial.
Começou estudando flauta e piano em casa e aos oito anos já aprendia composição e regência com Henrique Alves de Mesquita. Antes de completar 18 anos, já se apresentava em bailes e saraus familiares. Pouco depois, fez sua primeira apresentação em concerto, como flautista, para a família imperial.
Sua composição de estréia, "Querosene", foi feita em 1863, aos 15 anos, e o primeiro sucesso, "Carnaval", veio quatro anos depois. Músico virtuoso, compôs diversas polcas e quadrilhas. Seu mérito foi ter feito a mistura da tradicional música européia com o som dos negros, resultando num trabalho original e de acento brasileiro. Entre outras coisas, transpôs para a música popular a técnica de execução que lhe permitia tocar a melodia em saltos oitavados que davam a ilusão da audição de duas flautas simultâneas. É citado como nacionalizador da música brasileira, e seu maior sucesso é "Flor Amorosa", número obrigatório para qualquer flautista de choro. Foi amigo e protetor de Chiquinha Gonzaga, a primeira mulher a destacar-se com música no Brasil.
Lecionou flauta no Conservatório Imperial de Música, a partir de 1871, e no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Em 1879, foi condecorado com a Ordem da Rosa, no grau de Comendador. Foi escolhido como Patrono da Cadeira número 22 da Academia Brasileira de Música.
O flautista Leonardo Miranda lançou em 1999 pela Acari Records o disco "Leonardo Miranda Toca Joaquim Callado", primeiro disco dedicado exclusivamente à obra do compositor, com leituras fiéis ao estilo da época.
Discografia
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