Mauro Duarte 02/06/1930 26/08/1989

Nascido em Matias Barbosa (MG), Mauro Duarte de Oliveira começou a compor por volta dos dez anos de idade, quando se mudou de Minas para o Rio, com a família. Embora mais tarde tenha feito do tamborim seu instrumento, foi pianista autodidata na infância (não raro era encontrado tocando piano na casa de vizinhos). Passou a ter contato com o samba por volta dos 15 anos, no carnaval de rua do bairro de Botafogo, onde morava, brincando nos blocos do Jerico, Funil de Botafogo e Gaviões e freqüentando as escolas de samba São Clemente e Estrela de Botafogo. Embora tenha participado de dois conjuntos na década de 60 —- primeiro Os Autênticos (com Walter Alfaiate, Noca da Portela, Adélcio de Carvalho, Eli Campos e Vinícius do Surdo), depois Os Cinco Crioulos (com Nelson Sargento, Elton Medeiros, Anescarzinho do Salgueiro e Jair do Cavaquinho) —- seu primeiro sucesso só veio em 1974, com "Menino Deus" (parceria com Paulo Cesar Pinheiro), na voz de Clara Nunes. Também com Paulo Cesar Pinheiro (seu parceiro mais constante), fez "Canto das Três Raças" (1976), "Portela na Avenida" (1981), ambos também gravados por Clara Nunes, "Jogo de Angola" e sambas-enredo em homenagem a escolas de samba do Rio de Janeiro: "Beija Flor", "Academia do Salgueiro", "Imperatriz", "Mocidade Independente" e "Mangueira, Estação Primeira". Outros sucessos de sua carreira foram "Lama", "A Paixão e a Jura", "Reserva de Domínio", "Lamentação", "Sorri de Mim" (com Walter Alfaiate), "Cuidado, Teu Orgulho Ainda Te Mata" (c/ Paulinho da Viola e Walter Alfaiate), "A Alegria Continua" (c/ Noca da Portela), e "Maioria sem nenhum" (c/ Elton Medeiros). Além de compositor, ganhou a vida como ourives e bancário.