Olivia Hime
Olivia Hime relutou durante alguns anos em abraçar a carreira de cantora. Casada com o compositor Francis Hime, ela temia não ser aceita pois esbarrava no rótulo de ser "a mulher do Francis" ou por sua amizade com nomes importantes da MPB, como Chico Buarque e Tom Jobim.
Aos poucos, foi encontrando seu caminho. Cantou em um conjunto que também tinha Miúcha e Telma Costa e apresentou-se num show de Vinicius de Moraes e Tom Jobim.
Em 1977, produziu Passaredo, de Francis. Foi então participando de alguns shows dele ou cantando timidamente em faixas de seus discos, enquanto compunha escondida.
Lançou um compacto mal divulgado que passou em branco. O primeiro LP, produzido por Dori Caymmi, tinha cinco composições de Olivia, em parceria com Francis.
Mais que simplesmente uma cantora, Olivia vem desenvolvendo trabalhos burilados e originais, sempre procurando não ser associada a um só estilo de música.
Entre os discos de carreira, gravou A Música em Pessoa, ainda inédito em CD, musicando os poemas de Fernando Pessoa. Em 1987, foi a vez de homenagear Manuel Bandeira. Convidou nomes como Tom Jobim e Dorival Caymmi para dar som aos poemas de Bandeira em Estrela da Vida Inteira, que virou espetáculo com Olivia e o ator Ítalo Rossi.
Em 1998, depois de seis anos de pesquisa em cima da obra de Chiquinha Gonzaga, Olivia lançou Serenata de uma Mulher — Olivia Hime Canta Chiquinha Gonzaga. Diferente dos trabalhos em que musicou poemas, desta vez Olivia reuniu um time de compositores para pôr letras nas músicas da maestrina. Entre eles, Hermínio Bello de Carvalho, Paulo César Pinheiro e Joyce, que criou um fictício encontro entre Chiquinha e Vinicius de Moraes, em O Poeta e a Maestrina, com Olivia fazendo dobradinha com Chico Buarque.
Discografia
Discos de carreira
Extras