Vadico 24/06/1910 11/06/1962
O paulista Oswaldo Gogliano, o Vadico, foi um dos parceiros mais constantes do carioca Noel Rosa, embora não tão reverenciado quanto o compositor da Vila.
Aos 16 anos começou a estudar música e aos 18 já tocava piano profissionalmente, quando venceu um concurso com "Isso Mesmo É que Eu Quero". No ano seguinte, "Arranjei Outra" foi gravada por Francisco Alves e "Deixei de Ser Otário" foi incluída em 1929 na trilha sonora do filme "Acabaram-se os Otários".
Vadico conheceu Noel em 1932, nos estúdios da Odeon, que de imediato pôs letra em "Feitio de Oração". A partir daí surgiram parcerias memoráveis como "Feitiço da Vila", "Pra que Mentir", "Conversa de Botequim", "Cem Mil Réis", "Provei", "Tarzã, o Filho do Alfaiate", "Mais um Samba Popular", "Quantos Beijos" e "Só Pode Ser Você". Vadico compôs também com Marino Pinto (sucessos como "Prece" e "Súplica") e Vinicius de Moraes ("Sempre a Esperar").
Em 1939, foi para os Estados Unidos apresentar-se com a orquestra de Romeu Silva na Exposição Internacional de Mundial de Nova York. No ano seguinte, voltou aos EUA e radicou-se na Califórnia, onde viveu durante oito anos. Gravou as músicas do filme "Uma Noite no Rio", com Carmen Miranda. Compôs também "Ioiô", a pedido da Universal Pictures, que acabou virando tema de outro filme. Desde então, tornou-se pianista de Carmen Miranda e do Bando da Lua. Em 1943, a convite de Walt Disney, musicou o desenho animado "Saludos, Amigos", que apresentou o papagaio Zé Carioca como símbolo do Brasil.
Morou por 15 anos nos Estados Unidos, onde conseguiu cidadania e estudou com o maestro Mario Castelnuovo-Tedesco. Em 1949, rodou a Europa e as Américas dirigindo a orquestra da Companhia de Bailados de Katherine Dunham. Voltou ao Brasil em 1956, quando começou a trabalhar como diretor musical da TV Rio. Em 1962, enquanto preparava-se para um ensaio com uma orquestra no Estúdio da Columbia, sofreu uma ataque cardíaco e morreu.
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