CLAUDETTE SOARES E LEANDRO BRAGA - MPB
Claudette Soares / Leandro Braga (2001)
Crítica
Cotação:
Sobrevivente digna da era do rádio, Claudette Soares preferiu ater-se ao básico neste que é o 17º álbum de sua carreira. Chega a ser uma guinada cheia de ousadia este disco, no qual a cantora revista pérolas da MPB acompanhada apenas pelo piano de Leandro Braga. Projeto antigo da intérprete, adiado algumas vezes, este álbum transpira sobriedade e elegância, sem excessos instrumentais ou vocais. O repertório, bem escolhido, resume a forte ligação que Claudette tem com a geração primitiva da MPB dos anos 60 (Caetano, Gil, Chico) e também com o cancioneiro romântico (Roberto Carlos). Mas há personalidade o suficiente para incluir até nomes mais pop (Marina). Contribui para o resultado final a performance de Braga - músico dos mais consagrados na atualidade, o pianista comporta-se como deve, ou seja, fornecendo com sutileza o background para as interpretações da diva. A intimidade entre músico e cantora é evidente e ajudou muito na criação do clima do álbum.
O esquema voz + piano confere inaudita dignidade para sucessos quase popularescos (Amanhã, de Guilherme Arantes, Falando Sério, de Carlos Colla e Maurício Duboc, e Você e Não Quero Ver Você Triste, de RC e Erasmo). Mas também funciona muito bem com canções mais finas, como Choro Bandido (Chico Buarque/Edu Lobo) ou no inesperado medley juntando Realejo, Até Pensei e Carolina, de Chico Buarque. Se por vezes a cantora escorrega na obviedade (ao reinterpretar as batidas Se Eu Quiser Falar com Deus e Grito de Alerta - por sinal, duas belas versões), compensa ao recriar canções menos cotadas de Sueli Costa (um medley com Altos e Baixos e Cão Sem Dono) e Paulo Cesar Pinheiro (Velho Arvoredo). Única exceção 100% instrumental, A Ventura dá espaço para Leandro Braga exercitar-se ao teclado. (Marco Antonio Barbosa)
O esquema voz + piano confere inaudita dignidade para sucessos quase popularescos (Amanhã, de Guilherme Arantes, Falando Sério, de Carlos Colla e Maurício Duboc, e Você e Não Quero Ver Você Triste, de RC e Erasmo). Mas também funciona muito bem com canções mais finas, como Choro Bandido (Chico Buarque/Edu Lobo) ou no inesperado medley juntando Realejo, Até Pensei e Carolina, de Chico Buarque. Se por vezes a cantora escorrega na obviedade (ao reinterpretar as batidas Se Eu Quiser Falar com Deus e Grito de Alerta - por sinal, duas belas versões), compensa ao recriar canções menos cotadas de Sueli Costa (um medley com Altos e Baixos e Cão Sem Dono) e Paulo Cesar Pinheiro (Velho Arvoredo). Única exceção 100% instrumental, A Ventura dá espaço para Leandro Braga exercitar-se ao teclado. (Marco Antonio Barbosa)
Faixas
Até pensei (Chico Buarque)
Carolina (Chico Buarque)
Carolina (Chico Buarque)
Cão sem dono (Sueli Costa - Paulo César Pinheiro)
Eu sei que vou te amar (Tom Jobim - Vinicius de Moraes)