TEU NOME, PIXINGUINHA
Rita Ribeiro / Pixinguinha / Dom Um Romão / Pedro Luís / Marcelo Vianna (2002)
2002
Biscoito Fino
BF 517
Crítica
Cotação:
Em primeiro lugar, é bom dizer que a voz de Marcelo Vianna não compromete. De timbre suave, sem se exasperar em notas altas como tantos outros, Marcelo é econômico, mas sem ser chato. Neto de Pixinguinha, ao fazer este disco ele tinha tudo para ser massacrado, simplesmente por gravar os clássico eternos do avô, colocados no Olimpo dos grandes compositores brasileiros. Contra esse "purismo-mala", Vianna além de gravar imortais pérolas da obra do avô, trouxe algumas composições inéditas, muitas com letras de Paulo César Pinheiro, para os ouvidos do público. Com interpretações corretas, Marcelo às vezes custa a imprimir sua marca (a marca de sua voz), mas quando acerta, ninguém segura. O samba Teu Nome, faixa de abertura do CD, é um exemplo dessa "engrenada vocal". Com ajuda da cantora maranhense Rita Ribeiro e do belo trombone de Vittor Santos, ele diz ao que veio nesta inédita.
Aliás, em boa parte das inéditas - Meu Sabiá, Samba de Gafieira, o quase ponto de macumba No Terreiro de Alibibi - o cantor dá provas de que este início é muito mais do que o aproveitamento da obra do avô. Nas mais notórias, caso de Rosa, Carinhoso e Gavião Calçudo, Marcelo opta pela simples interpretação, alcançando resultados interessantes (caso das duas últimas) e impressionantemente belo na primeira. Acompanhado de Jacques Morelenbaum, ele canta com jeito de quem conhece, sabendo da tamanha importância daquilo que está sendo cantado na letra emblemática do desconhecido Otávio de Souza (sobre quem Pixinguinha dizia ser um "mecânico que morava no Engenho de dentro"). O grande partido alto de Patrão Prenda Seu Gado fecha a tampa de um relicário interessante, com a participação de João Nogueira (admirador confesso da obra de Pixinguinha), numa grande festa, celebrando a obra de um grande mestre.(Filipe Quintans)
Aliás, em boa parte das inéditas - Meu Sabiá, Samba de Gafieira, o quase ponto de macumba No Terreiro de Alibibi - o cantor dá provas de que este início é muito mais do que o aproveitamento da obra do avô. Nas mais notórias, caso de Rosa, Carinhoso e Gavião Calçudo, Marcelo opta pela simples interpretação, alcançando resultados interessantes (caso das duas últimas) e impressionantemente belo na primeira. Acompanhado de Jacques Morelenbaum, ele canta com jeito de quem conhece, sabendo da tamanha importância daquilo que está sendo cantado na letra emblemática do desconhecido Otávio de Souza (sobre quem Pixinguinha dizia ser um "mecânico que morava no Engenho de dentro"). O grande partido alto de Patrão Prenda Seu Gado fecha a tampa de um relicário interessante, com a participação de João Nogueira (admirador confesso da obra de Pixinguinha), numa grande festa, celebrando a obra de um grande mestre.(Filipe Quintans)
Faixas