Pedro Luís 15/10/1960
Criado na Tijuca (Zona Norte do Rio), ao pé do Morro do Salgueiro, Pedro Luis Teixeira de Oliveira acostumou-se desde cedo à batucada. Quando começou a despontar, em meados dos anos de 1990, foi saudado como um dos inovadores do cenário da música popular, misturando rap, samba, hip hop, maracatu e funk.
O trabalho de Pedro Luís, entretanto, vinha de longa estrada. No princípio dos anos 80, em meio à ebulição do BRock, foi sócio-fundador do Circo Voador, iniciando uma carreira trilhada no underground carioca. Pedro esteve ligado a vários movimentos culturais, com as bandas Paris 400 (que acompanhou o grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone em "A Farra da Terra"), Boato e Urge, esta última de formação punk.
Começou a chamar a atenção durante o trabalho com Arícia Mess, como violonista e diretor musical de seus shows. Nessa época, em meados dos anos 90, foi apresentado ao grande público ao ter uma música gravada por Fernanda Abreu ("Tudo Vale a Pena"). Posteriormente, foi parar nos discos de O Rappa ("Miséria S/A"), Ed Motta ("Birinaite"), Cidade Negra ("Cidade em Movimento") e Adriana Calcanhotto ("Mão e Luva"). E ainda cativou o veterano Ney Matogrosso com "Fazê o quê?" e "Miséria no Japão", incluídas em "Olhos de Farol".
Decidido a apostar na carreira solo, uniu-se a Mário Moura (baixo), Sidon Silva, C.A. Ferrari e Celso Alvin, responsáveis pela salada percussiva de Pedro Luís e a Parede, grupo que estreou em 1996.
Pouco tempo depois foi contratado por uma gravadora, a Dubas/Warner. "Astronauta Tupy" (1997) nasceu contemporâneo e crítico, explorando as diversas sonoridades brasileiras, com uma batucada pop. Ney Matogrosso colocou sua voz em Caramujo Jah.
Em outubro de 1998, Pedro Luís e a Parede participaram da turnê do cantor japonês Miyazawa Kazufumi — que gravou Afrosick, com músicas e participação de brasileiros — em Tóquio e Osaka, e foram vistos por cerca de 10 mil japoneses.
"Astronauta Tupy" teve boa acolhida no Japão e a música "Pena de Vida" chegou a ficar entre as 50 mais tocadas nas rádios daquele país durante algumas semanas. "Astronauta" contabilizou 25 mil cópias vendidas, sendo 10 mil consumidas pelos japoneses.
Sem espaço nas rádios brasileiras, a maior aliada da banda tem sido a divulgação boca-a-boca. No réveillon 1998-99, animaram a festa na praia de Copacabana, com Sandra de Sá. No fim de 1999, participaram do Free Jazz.
Quase dois anos depois de "Astronauta", saiu "É Tudo 1 Real", produzido por Liminha e lançado simultaneamente no Japão. Mais pop do que o primeiro, com letras inspiradas na linguagem de rua e músicas impregnadas pelo rap, funk, charm e tudo mais que possa caber em seu caldeirão sonoro. O disco conta ainda com as participações de Paralamas do Sucesso, Carlos Malta e Marcos Suzano.
Discografia
Discos de carreira
Extras
Participações
Matérias