TIMBALISMO
Timbalada (2001)
2001
Som Livre
4251 2
Crítica
Cotação:
Timbalismo, oitavo disco da Timbalada, não foge à velha regra da banda baiana: é o axé acima da média, sem tantas preocupações conceituais quanto os discos solo de seu mentor, Carlinhos Brown (que aqui assina a produção e os arranjos), mas também sem a irritante burocracia musical e poética de boa parte do pop da Bahia. Primeiro CD do grupo a ser lançado pela Som Livre em parceria com a Bahia Discos, ele traz aquela conhecida conjunção de tambores com guitarras, eletrônicas discretas e bons sopros. Em alguns momentos, a Timbalada é até romântica — caso de Pensando Alto e Tim, Eu Quero Ser Bem, ambas cantadas por Amanda Santiago. Noutras, ela busca variedade na função carnavalesca — e aí temos a marcha Cidade Voa, a simpática Delicatessen, a divertida Vale, com sua crônica da dureza nacional ("Nossa Senhora da sacola/ Por favor vem me valer/ Eu quero um vale"), a marcha-rancho Cherry, a latina Na Ilha Grande e a funky-Gil em Vera (de Jorge Papapá e Sérgio Passos).
Timbalismo ainda traz, como curiosidade, a recriação axé (com toques jazzísticos) da valsinha João e Maria, de Chico Buarque (sogro de Brown) e Sivuca. Consta no repertório também uma certa Conceição. Mas da canção de Jair Amorim e Dunga imortalizada por Cauby Peixoto, a faixa só tem os dois primeiros versos da letra — ela é, em si, uma Timbalada padrão. Agradável do começo ao fim, o disco só padece com a pobreza de algumas letras, como as de Massagem (Carlinhos Brown), Tribo Timbalada (do timbaleiro Ninha Brito com Nem Cardoso) e do reggae Árvore, de Edson Gomes. Está certo que, lá de cima do trio elétrico, ninguém vai querer saber de poesia, mas os envolvidos sabem fazer letras bem melhores que essas. (Silvio Essinger)
Timbalismo ainda traz, como curiosidade, a recriação axé (com toques jazzísticos) da valsinha João e Maria, de Chico Buarque (sogro de Brown) e Sivuca. Consta no repertório também uma certa Conceição. Mas da canção de Jair Amorim e Dunga imortalizada por Cauby Peixoto, a faixa só tem os dois primeiros versos da letra — ela é, em si, uma Timbalada padrão. Agradável do começo ao fim, o disco só padece com a pobreza de algumas letras, como as de Massagem (Carlinhos Brown), Tribo Timbalada (do timbaleiro Ninha Brito com Nem Cardoso) e do reggae Árvore, de Edson Gomes. Está certo que, lá de cima do trio elétrico, ninguém vai querer saber de poesia, mas os envolvidos sabem fazer letras bem melhores que essas. (Silvio Essinger)
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