Faces do Subúrbio

Grupo de rap do Alto José do Pinho, área pobre da região metropolitana de Recife, iniciou as atividades em 1992. Inspirados em rappers brasileiros (como Thaíde & DJ Hum) e em bandas que misturavam o estilo ao rock (como os americanos do Body Count), os dançarinos de break Tiger e Zé Brown começaram a se apresentar, algumas vezes em festivais como o Abril Pro Rock. Em 1996, o Faces do Subúrbio incorporou uma estrutura de banda, com guitarra (Oni), baixo (Massacre), bateria (Garnizé) e DJ (KSB), passando a tocar para multidões cada vez maiores em seu estado natal e também no Rio e em São Paulo. Em novembro de 1997, em Recife, os integrantes do grupo tiveram o palco invadido por policiais e terminaram presos por executar a canção “Homens Fardados”. No mesmo ano, o grupo lançou o primeiro disco, “Faces do Subúrbio”, uma produção independente custeada pelo governo de Pernambuco. As letras, em forma de desafios de embolada, apoiadas na percussão em pandeiros, dão ao rap do Faces um sotaque brasileiro que chamou a atenção do selo MZA, que contratou a banda e relançou o disco em 1998, com nova capa e mais faixas. O terceiro disco do grupo, “Como É Triste de Olhar”, lançado em 2000 (já sem KSB), investiu ainda mais em sonoridades locais, especialmente a embolada. No mesmo ano, Garnizé foi tema, junto com o matador Helinho, do documentário de longa-metragem “O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas”, que aborda os dois caminhos opostos trilhados pelo músico e pelo assassino, ambos vindos do mesmo bairro. Os integrantes do Faces do Subúrbio são engajados em projetos sociais e costumam dar aulas de dança a música para crianças carentes.

Discografia

Discos de carreira
COMO É TRISTE DE OLHAR

COMO É TRISTE DE OLHAR

MZA Music - 2000
 
FACES DO SUBÚRBIO

FACES DO SUBÚRBIO

MZA Music - 1998
 
FACES DO SUBÚRBIO

FACES DO SUBÚRBIO

Independente - 1997