Maysa 06/06/1936 22/01/1977
Nasceu em uma família rica e tradicional, e casou aos 18 anos com um herdeiro da milionária família paulista Matarazzo, 20 anos mais velho que ela. Desde antes do casamento já compunha e tocava piano, e mesmo depois continuou cantando suas músicas em festinhas íntimas de amigos. Quando um produtor musical a ouviu, quis contratá-la imediatamente para gravar um disco, mas Maysa, que estava grávida, pediu que esperasse o nascimento do filho. Afinal saiu "Convite para Ouvir Maysa", em quatro volumes, entre 1956 e 59, pela RGE, com os sucessos "Ouça", "Adeus" e "Meu Mundo Caiu".
Tornou-se uma estrela, para desgosto da família do marido, e separou-se pouco depois, ficando abalada e deprimida com o fato. Suas músicas, já tradicionalmente de "fossa", tornaram-se ainda mais melancólicas, o que pode ser facilmente observável apenas pelo título de alguns de seus maiores sucessos: "Felicidade Infeliz" (Maysa), "Solidão" (Antônio Bruno), "Bom dia, Tristeza" (Adoniran Barbosa/ Vinicius de Moraes), "Tristeza" (Haroldo Lobo/ Niltinho), "Ne Me Quite Pas" (Jacques Brel)e "Bloco da Solidão" (Jair Amorim/ Evaldo Gouveia).
Mudou-se para o Rio em 1960, quando gravou o disco "O Barquinho", um marco da bossa nova, acompanhada pelo embrião do Tamba Trio, e passou a gravar e excursionar por outros países, animada principalmente por Ronaldo Bôscoli, seu namorado na época.
Com uma vida sempre agitada por casos amorosos e problemas com bebida, Maysa gravou alguns dos discos mais importantes da bossa nova e da música romântica brasileira. Seus sucessos incluem "Meditação" (Tom Jobim/ Newton Mendonça), Dindi (Jobim/ Aloysio de Oliveira), "Se Todos Fossem Iguais a Você" (Jobim/ Moraes).
Discografia
Discos de carreira
Coletâneas
Caixas/2 em 1