Moreira da Silva 01/04/1902 06/06/2000
Carioca e filho de pai músico (trombonista da Polícia Militar) que morreu quando ele tinha 11 anos, teve que abandonar a escola para trabalhar muito cedo. Foi empregado de fábricas, tecelagens e chofer de praça e de ambulância, ao mesmo tempo em que freqüentava rodas de malandros e boêmia.
A estréia como cantor foi em 1931, quando gravou dois pontos de macumba ("Ererê" e "Rei da Umbanda") na Odeon. A partir daí entrou no meio do rádio, fez amizades e prosseguiu gravando outros discos e trabalhando em cassinos e rádios. Um grande sucesso veio em 1935, com "Implorar" (Kid Pepe/ G. Augusto/ J.S. Gaspar). Notabilizou-se pelos sambas de breque que compôs e interpretou, tornando-se o maior nome nesse gênero musical. Ao que consta, sua primeira intervenção improvisada num intervalo de samba (um breque) foi em 1937, no samba "Jogo Proibido" (T. Silva/ D. Silva/ R. Cunha). Outros grandes sucessos que fez com seus breques criativos e impagáveis foram "Acertei no Milhar" (Wilson Batista/ Geraldo Pereira), "Amigo Urso" (Henrique Gonçalves), "Fui a Paris" (com R. Cunha), "Na Subida do Morro" (com R. Cunha).
Com a fama de malandro, passou a interpretar um personagens nos enredos de seus sambas de breque, o Kid Morengueira, presente no enorme sucesso "O Rei do Gatilho" (Miguel Gustavo), que originou uma série de sambas do mesmo autor que ele gravou dentro do tema cinematográfico.
Lançou vários discos ao longo de sua carreira, foi enredo da escola de samba Unidos de Manguinhos em 1992 e em 1996 virou tema de livro com o lançamento de "Moreira da Silva - O Último dos Malandros", de Alexandre Augusto.
Discografia
Discos de carreira
Extras
Coletâneas
Tributos