Portela (G.R.E.S.) nascimento 11/04/1923

Ao lado da Deixa Falar e da Mangueira, forma a trinca das escolas fundadoras do carnaval carioca. A Portela nasceu em Oswaldo Cruz da fusão de vários blocos e grupos como o Baianinhas de Oswaldo Cruz, Quem Fala de Nós Come Mosca, Conjunto Oswaldo Cruz, Quem nos Faz É o Capricho e Vai Como Pode, que foram mudando de nome sucessivamente até adotar definitivamente a denominação Portela, em 1935. Nos desfiles anteriores a 1935, a agremiação de Oswaldo Cruz saía levando o nome Vai Como Pode. A data oficial adotada pela escola é 1923, ano de fundação da Baianinhas de Oswaldo Cruz, grupo que já contava com o embrião da primeira diretoria portelense: Paulo da Portela, Alcides Dias Lopes (o Malandro Histórico), Heitor dos Prazeres, Antônio Caetano, Antônio Rufino, Manuel Bam Bam Bam, José Natalino do Nascimento (o Natal), Candinho e Cláudio Manuel. Adotando como símbolo a águia e como cores o azul e o branco, e Portela firmou-se como um dos maiores "celeiros de bamba", o que pode ser comprovado pela sua Velha Guarda, uma das mais ativas e bem-sucedidas atualmente. Na década de 40 a Portela teve um de seus grandes períodos de glórias, sagrando-se campeã sete vezes seguidas, de 1941 a 1947. Nas décadas porteriores, a escola se destacaria por ter sambas-enredo compostos por grandes mestres como Candeia (então com 17 anos) em 1953 ("Seis Datas Magnas", em parceria com Altair Prego) e Paulinho da Viola em 1966 ("Memórias de um Sargento de Milícias). Apesar de contar com um elenco estelar de sambistas, nem sempre o relacionamento entre estes e a diretoria da escola foi pacífico. Desentendimentos levaram ao afastamento, em 1941, nada menos que o fundador Paulo da Portela. Nos anos de 74 e 75 outras desavenças fizeram com que Candeia, Zé Kéti e Paulinho da Viola também pedissem o chapéu e saíssem de Oswaldo Cruz. Mas, à exceção de Candeia (morto em 78), que fundou a dissidente Quilombo, Zé Kéti e Paulinho acabaram voltando. Em 1985 uma nova rusga na diretoria resultou no surgimento de uma dissidência encabeçada por Nésio Nascimento (filho do fundador Natal), que fundou outra escola, a Tradição. Nos anos 90 os resultados do carnaval oficial não foram tão generosos com a Portela. A melhor colocação conseguida pela escola foi o vice-campeonato em 95 com o enredo "Gosto Que Me Enrosco".

Enredos e colocações da Portela:

1931 Sua Majestade, o Samba – 3º lugar
1932 Carnaval Moderno – 4º lugar
1933 Voando para a Glória – 4º lugar
1934 Academia do Samba – sem concurso
1935 O Samba Dominando o Mundo – 1º lugar
1936 Não houve enredo
1937 O Carnaval Samba de Boaventura – 2º lugar
1938 Democracia do Samba – sem concurso
1939 Teste ao Samba – 1º lugar
1940 Homenagem à Justiça – 5º lugar
1941 Dez Anos de Glória – 1º lugar
1942 A Vida do Samba – 1º lugar
1943 Carnaval de Guerra – 1º lugar
1944 Brasil Glorioso – 1º lugar
1945 Motivos Patrióticos – 1º lugar
1946 Alvorada do Novo Mundo – 1º lugar
1947 Honra ao Mérito – 1º lugar
1948 Princesa Isabel – 2º lugar
1949 Despertar do Gigante – 2º lugar
1950 Riquezas do Brasil – 2º lugar
1951 A Volta do Filho Pródigo – 1º lugar
1952 Brasil de Ontem – não houve vencedora
1953 Seis Datas Magnas – 1º lugar
1954 São Paulo Quatrocentão – 4º lugar
1955 Festas Juninas em Fevereiro – 3º lugar
1956 Tesouros do Brasil, ou Riquezas do Brasil ou Gigante pela Própria Natureza – 2º lugar
1957 Legados de D. João VI – 1º lugar
1958 Vultos e Efemérides – 1º lugar
1959 Brasil, Panteon de Glórias – 1º lugar
1960 Rio Cidade Eterna – 1º lugar
1961 Jóias e Lendas do Brasil – 3º lugar
1962 Rugendas ou Viagens Pitorescas pelo Brasil – 1º lugar
1963 Barão de Mauá e suas Realizações – 4º lugar
1964 O Segundo Casamento de D. Pedro II – 1º lugar
1965 História e Tradição do Rio Quatrocentão – 3º lugar
1966 Memórias de um Sargento de Milícias – 1º lugar
1967 Tal Dia é o Batizado – 6º lugar
1968 Tronco de Ipê – 4º lugar
1969 Treze Naus – 3º lugar
1970 Lendas e Mistérios da Amazônia – 1º lugar
1971 A Lapa em Três Tempos – 2º lugar r
1972 Ilu Ayê – 3º lugar
1973 Pasárgada, o Amigo do Rei – 4º lugar
1974 O Mundo Melhor de Pixinguinha – 2º lugar
1975 Macunaíma, Herói de Nossa Gente – 5º lugar
1976 O Homem do Pacoval – 4º lugar
1977 A Festa de Aclamação – 2º lugar
1978 Mulher à Brasileira – 5º lugar
1979 Incrível, Fantástico, Extraordinário – 3º lugar
1980 Hoje Tem Marmelada – 1º lugar
1981 Das Maravilhas do Mar, Fez-se o Esplendor de uma Noite – 3º lugar
1982 Meu Brasil Brasileiro – 2º lugar
1983 A Ressurreição das Coroas - Reisado, Reino, Reinado – 2º lugar
1984 Contos de Areia – 1º lugar
1985 Recordar é Viver – 4º lugar
1986 Morfeu no Carnaval – 4º lugar
1987 Adelaide, a Pomba da Paz – 3º lugar
1988 Lenda Carioca, o Sonho do Vice-rei – 5º lugar
1989 Achado Não é Roubado – 6º lugar
1990 É de Ouro e Prata Esse Chão – 10º lugar
1991Tributo à Vaidade – 6 º lugar
1992 Todo o Azul que o Azul Tem – 5º lugar
1993 Cerimônia de Casamento – 10º lugar
1994 Quando o Samba era Samba – 7º lugar
1995 Gosto Que Me Enrosco – 2º lugar
1996 Essa Gente Bronzeada Mostra o seu Valor – 8º lugar
1997 Linda, Eternamente Olinda – 8º lugar
1998 Os Olhos da Noite – 4º lugar
1999 De Volta aos Caminhos de Minas Gerais – 8º lugar
2000 Trabalhadores do Brasil - A época de Getúlio Vargas – 10º lugar
2001 Querer É Poder

Discografia

Discos de carreira
PORTELA

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BMG - 2000