1930

Carioca, Elto Antônio de Medeiros começou a compor sambas na infância para os blocos carnavalescos que freqüentava. No fim dos anos 40 conheceu o sambista Zé Kéti, que se tornou seu parceiro. Mais tarde passou a freqüentar a Portela, tornando-se padrinho da ala dos compositores da escola. Na década de 60 fez parte do conjunto A Voz do Morro, que gravou os discos "Roda de Samba" volumes 1 e 2 e "Os Sambistas". Outros integrantes do grupo eram Paulinho da Viola, Jair do Cavaquinho, Zé Kéti, Nescarzinho do Salgueiro. Também gravou com o conjunto Os Cinco Crioulos, ao lado Jair, Nescarzinho, Nelson Sargento e Mauro Duarte. Sua música "O Sol Nascerá", em parceria com Cartola, foi levada por Nara Leão ao espetáculo "Opinião", em cartaz no Rio em 1964, e se tornou um dos maiores sucessos da carreira do compositor. Também participou do marcante espetáculo "Rosa de Ouro", produzido por Hermínio Bello de Carvalho. Paulinho da Viola é um de seus parceiros mais constantes, e os dois gravaram juntos o disco "Na Madrugada", em 1966, com músicas da dupla, que compôs, entre outras, "Onde a Dor Não Tem Razão", "Recomeçar", "Vida " e "Ame". Lançou discos individuais e em parceria com outros sambistas, como o histórico "Quatro Grandes do Samba", com Candeia, Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito. Entre seus maiores êxitos encontram-se alguns clássicos, como "Clementina, Cadê Você?", "Mascarada" (com Zé Kéti), "Rosa de Ouro" (com Hermínio B. de Carvalho e Paulinho da Viola), "Sofreguidão" (com Cartola), "O Sol Nascerá" (com Cartola), "Coração de Ouro" (com J. Santana), "Quatro Crioulos" (com J. Santana), "Pressentimento" (com Hermínio B. de Carvalho) e "Maioria sem Nenhum" (com Mauro Duarte). Um de seus trabalhos mais recentes, o CD "Mais Feliz", de 1996, foi bastante elogiado pela crítica, que o colocou entre os melhores lançamentos do ano. Gravou também com representantes da "nova geração", como Zé Renato e Mariana de Moraes ("A Alegria Continua").