Nora Ney 20/03/1922
Estreou em 1951 no programa Fantasia Musical, da Rádio Tupi, época em que adotou o nome artístico. Com inconfundível voz de contralto e pronúncia carregada, criou seu próprio estilo, diferente do que estava então em voga. Inicialmente cantava repertório estrangeiro com o pseudônimo Nora May. Mais adiante, curiosamente seria a primeira a gravar no Brasil o marco inaugural do gênero americano, "Rock Around The Clock", sucesso de Bill Halley, em 1956. Foi crooner do Copacabana Palace e trabalhou na Rádio Nacional ao lado de Dóris Monteiro e Jorge Goulart, com quem se casou mais tarde.
O primeiro disco, de 1952, emplacou dois sucessos: "Menino Grande", de Antônio Maria, e "Ninguém me Ama", de Antonio Maria e Fernando Lobo. Nãoà toa, foi uma das intérpretes mais assíduas das músicas de Antônio Maria. Gravou "De Cigarro em Cigarro", de Luiz Bonfá, em 1952, colaborando para projetar o autor nacionalmente.
Em 1964, por causa do regime militar, saiu do Brasil com Jorge Goulart, só voltando oito anos depois, quando gravou o LP "Tire o seu Sorriso do Caminho". Foi das pioneiras a apresentar-se em turnês por países socialistas, como a Rodésia, Chipre, China e União Soviética. Intérprete consagrada, gravou sambas de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, Ataulfo Alves, Lupicínio Rodrigues, Dorival Caymmi. Nos anos 80 e 90 fez espetáculos com o conjunto As Eternas Cantoras do Rádio. Também se apresentou em shows em homenagem a Antônio Maria.
Entre seus maiores sucessos, além dos já citados, estão "Aves Daninhas" (Lupicínio Rodrigues), "Bar da Noite" (Haroldo Barbosa/ Bidu Reis), "Vai, Mas Vai Mesmo" (Ataulfo Alves) e "Preconceito" (Antônio Maria/ Fernando Lobo).
Discografia
Discos de carreira
Extras
AS ETERNAS CANTORAS DO RÁDIO - CARMÉLIA ALVES, ELLEN DE LIMA, NORA NEY, VIOLETA CAVALCANTI, ZEZÉ GONZAGA E ROSITA GONZALEZ
Fama/CID - 1991
MUDANDO DE CONVERSA - CYRO MONTEIRO, NORA NEY, CLEMENTINA DE JESUS e CONJUNTO ROSA DE OURO
Odeon - 1968
Coletâneas