Gonzaguinha 22/09/1945 29/04/1991
Filho adotivo do Rei do Baião Luiz Gonzaga, foi criado pelos padrinhos, que o iniciaram na música. Freqüentou desde cedo os blocos e rodas de samba do Estácio, principalmente a Unidos de São Carlos. Mais tarde entrou na faculdade de economia e conheceu, na Tijuca, o compositor Ivan Lins e o letrista Aldir Blanc (todos integrantes do MAU - Movimento Artístico Universitário), com quem apresentaria, alguns anos mais tarde, o programa Som Livre Exportação, na TV Globo.
Concorreu em 1968 no I Festival Universitário de Música Popular do Rio de Janeiro com "Pobreza por Pobreza", que chegou às finais. No ano seguinte, na segunda edição do festival, foi o vencedor com "O Trem". Fazendo carreira em festivais, concorreu em 1970 com "Um Abraço Terno em Você, Viu, Mãe?", lançada em um compacto.
Em 1973 participou de um programa de televisão com a música "Comportamento Geral", uma incisiva crítica ao regime militar, que gerou polêmica e esgotou seu compacto que estava à venda com a música. Desde então Gonzaguinha sempre teve outros problemas com a censura.
Ainda na década de 70 excursionou por todo o país e gravou, em 1976, o disco "Começaria Tudo Outra Vez", um dos maiores sucessos de sua carreira. Lançou 16 LPs e participou de outros tantos durante a vida, e depois de sua morte - em um acidente de carro - coletâneas e discos ao vivo foram lançados. Suas composições foram gravadas com êxito por diversos intérpretes, como Maria Bethânia, Fagner, Elis Regina, Simone, Joanna, As Frenéticas e outros. Entre elas, "A Felicidade Bate à Sua Porta", "Explode Coração", "Grito de Alerta", "Espere por Mim, Morena", "É", "Sangrando", "O Que É o Que É", "Um Homem Também Chora (Guerreiro Menino)".
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